O sonho da casa própria, que por décadas foi um pilar fundamental da construção da vida adulta no Brasil, parece estar se esvaindo para as novas gerações. Diferente de seus pais e avós, que viam na aquisição de um imóvel a garantia de estabilidade e segurança, os jovens de hoje demonstram menor interesse em se endividar a longo prazo para ter um lar próprio.
Mas será que essa é apenas uma percepção ou existe de fato uma mudança no comportamento dos jovens em relação à moradia?
Números que comprovam a tendência
- Pesquisa do IBGE: Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, apenas 14,5% dos jovens entre 18 e 24 anos eram donos de um imóvel, contra 34,1% em 1985.
- Censo QuintoAndar: Uma pesquisa realizada pelo QuintoAndar, plataforma online de aluguel de imóveis, em 2023, revelou que 84% dos jovens entre 21 e 24 anos que pretendem morar de aluguel não pretendem comprar uma casa própria nos próximos dois anos por falta de recursos financeiros.
- Estudo da FGV: Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de 2022 mostrou que, entre os jovens de 18 a 34 anos, apenas 37% possuem interesse em comprar um imóvel.
Fatores que contribuem para a desmotivação
Diversos fatores contribuem para a desmotivação dos jovens em relação à compra de imóveis. Entre os principais, podemos destacar:
- Alto custo dos imóveis: Os preços dos imóveis nas grandes cidades brasileiras estão cada vez mais fora do alcance da maioria dos jovens, principalmente para quem está começando a carreira.
- Dificuldade de acesso ao crédito: As regras para obtenção de crédito imobiliário se tornaram mais rígidas nos últimos anos, dificultando o acesso dos jovens ao financiamento.
- Insegurança no mercado de trabalho: A instabilidade no mercado de trabalho, com altos índices de desemprego e informalidade, gera receio nos jovens de assumir um compromisso de longo prazo como a compra de um imóvel.
- Novos valores e prioridades: As novas gerações valorizam mais experiências e flexibilidade do que a posse de bens materiais. Muitos jovens preferem investir em viagens, estudos e desenvolvimento profissional do que se endividar com um imóvel.
O futuro da moradia para os jovens
Diante dessa nova realidade, é importante repensar o conceito de moradia e buscar soluções alternativas que atendam às necessidades e desejos dos jovens. Algumas das possibilidades que podem se tornar mais comuns no futuro incluem:
- Aluguel de longo prazo: O aluguel de longo prazo, com contratos mais flexíveis e previsíveis, pode ser uma opção mais atraente para os jovens que desejam estabilidade sem o compromisso de compra de um imóvel.
- Coliving: O coliving, modalidade de moradia compartilhada que oferece espaços comuns e serviços compartilhados, pode ser uma alternativa mais econômica e social para os jovens.
- Moradia por assinatura: Novos modelos de moradia por assinatura, que oferecem serviços como limpeza, manutenção e internet inclusos, podem surgir como opções inovadoras para atender às demandas dos jovens.
A mudança no comportamento dos jovens em relação à compra de imóveis é um reflexo das transformações sociais, econômicas e culturais da sociedade brasileira. É fundamental que o mercado imobiliário e os gestores públicos se adaptem a essa nova realidade para oferecer soluções habitacionais adequadas às necessidades e desejos das novas gerações.
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